Apolinho, Antero Greco e Silvio Luiz morreram em menos de 24 horas. (Foto: Reprodução) |
Em menos de 24 horas, o jornalismo esportivo sofreu três perdas irreparaveis para a história da comunicação brasileira. Trata-se de Washington Rodrigues, Antero Greco e Silvio Luiz.
Washington Rodrigues, o "Apolinho" morreu na noite dessa quarta-feira, aos 87 anos para tratar um câncer. Ele estava internado no Hospital Samaritano, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Durante 25 anos, Apolinho comandou o "Show do Apolinho" na Rádio Tupi. Além da Tupi, ele ainda teve passagens pelas rádios Guanabara (atual Rádio Bandeirantes), Globo e Nacional. Teve experiência como técnico do Flamengo (time do coração), em 1995.
Foi também o criador de vários bordões como "chocolate", "Geraldinos e Arquibaldos", "Pau na Formiga", "Pinto no lixo" e "Briga de cachorro grande".
Antero Greco morreu na madrugada dessa quinta-feira, aos 69 anos em decorrência de complicações decorrentes de um tumor no cérebro que havia sido diagnosticado em 2022. Ele estava internado no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo.
Antero era formado em jornalismo pela Escolas de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). Começou sua carreira profissonal no inicio dos anos 70 quando foi editor de Esportes no Estadão.
Foi editor e colunista do então Diário Popular e no inicio dos anos 90 foi comentarista de futebol na Rede Bandeirantes. O jornalista teve uma passagem marcante pela ESPN Brasil onde formou dupla com Paulo Soares, a quem se referia como "Paulo Amigão", ficou conhecida pelo entrosamento e risadas marcantes no "SportsCenter" que é um telejornal esportivo da emissora no ar desde 2000.
Ainda nessa quinta-feira o narrador esportivo Silvio Luiz faleceu aos 89 anos em decorrência de falência múltipla de órgãos. A carreira na comunicação teve inicio por influência da irmã, a ex-atriz Verinha Dercy morta por feminicidio em 1979, segundo Silvio relatou recentemente no podcast "Entre Amigos", do jornalista Flávio Prado.
Ele participou de duas novelas (Éramos Seise Cela da Morte) como ator, ao lado da irmã. Antes de se consagrar como narrador, Silvio Luiz foi árbitro de futebol entre as décadas de 60 e 70. No jornalismo, foi diretor de programação da Rede Record e trabalhou em diversos veiculos como Bandeirantes, SBT, TV Excelsior, RedeTV!, entre outras.
Como narrador, trabalhou em diversas Copas do Mundo e foi uma das principais vozes do esporte brasileiro nas últimas décadas. Os bordões criativos ganharam o público e o tornaram famoso. Veja a lista:
- "Está valendo"
- "Acerte o seu ai que eu arredondo o meu aqui"
- "Olho no lance, éééé..."
- "Confira comigo no replay"
- "Pelas barbas do profeta"
- "O que eu vou dizer lá em casa?"
- "Pelo amor dos meus filhinhos"
- "Balançou o capim no fundo do gol"
- "Foi, foi, foi, foi ele...o craque da camisa número...
Ganhou 5 vezes o Troféu Imprensa na categoria de "Melhor Locutor Esportivo". Ele levou a estatueta nos anos de 1982, 1984 (empatado com Luciano do Valle), 1986, 1995 e 1996 (empatado com Galvão Bueno). Tentou se eleger como presidente da Federação Paulista de Futebol em duas oportunidades, mas não foi eleito.
Seu último trabalho foi na Record onde comandava uma transmissão alternativa dos jogos do Campeonato Paulista ao lado dos humoristas Carioca e Bola. Durante a final do Paulistão entre Palmeiras e Santos o narrador passou mal e foi internado pela primeira vez em São Paulo.
Após receber alta depois de ficar quase um mês no hospital, Silvio Luiz voltou a ser internado no dia 8 de maio no Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo, local onde morreu.
Informações extraidas do site ge.globo
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