A Copa do Mundo em minha vida


Nessa quinta-feira (14/06) quando o relógio bater ás 12h (horário de Brasilia)/18h (horário de Moscou) os olhos de mais de 3 bilhões de pessoas no planeta estarão voltados para o inicio da maior festa do futebol mundial: A Copa do Mundo.

Competição essa que reúne as melhores seleções e os melhores craques em busca do título mais cobiçado do futebol mundial. Neymar, Messi, Cristiano Ronaldo, entre outros estão em território russo para ir atrás do sonho que muitos jogadores tem que é ser campeão do mundo.

Como editor do blog há sete anos e divulgando o que há de importante no esporte em Jaguaribe, dessa vez vou fazer diferente. Irei utilizar esse espaço para falar um pouco sobre as Copas do Mundo que eu acompanhei nesses meus 27 anos de vida, sendo que essa é meu sétimo mundial em vida e o quinto que assistirei em Jaguaribe.

Quando tinha apenas três anos de idade e morando em Osasco (SP) minha cidade natal, aconteceu a Copa do Mundo nos Estados Unidos em 1994 e minha primeira em vida. 

Não me lembro de muita coisa até porque não compreendia muita coisa sobre o futebol, mas uma coisa que com certeza ficará marcado para sempre na memória de muita gente é a narração memorável do Galvão Bueno que após o italiano Roberto Baggio perder o pênalti começou a gritar "É Tetra! É Tetra!", já que ali o Brasil conquistava o seu quarto título mundial depois de 24 anos.

Quatro anos se passaram e ainda residindo em solo paulista veio aquela traumática Copa do Mundo na França onde o Brasil chegou até a final, mas que um tal de Zinedine Zidane (ex-técnico do Real Madrid) fez o favor de acabar com o sonho do penta marcando duas vezes na decisão. 

Essa final também ficou marcada pela famosa convulsão sofrida pelo Ronaldo um dia antes da final, mas que mesmo assim entrou em campo, se bem que nessa final, o Zagallo (técnico da seleção na época) de inicio escalaria o Edmundo para o lugar dele.

Um ano antes da Copa do Mundo de 2002, eu e minha família nos mudamos para Jaguaribe (CE) onde a gente reside até os dias de hoje. E dessa copa eu tenho uma lembrança especial, já que foi a primeira copa que eu assisti em solo jaguaribano.

Eu como torcedor acreditava no título, mas ainda estava com a "pulga atrás da orelha" devido as eliminatórias que o Brasil fez se classificando na última rodada aos trancos e barrancos. 

E uma pergunta me intrigava: Será que o Ronaldo que vinha de duas cirurgias no joelho e que pra muitos já estava acabado para o futebol, poderia voltar a apresentar o seu bom futebol que o consagrou desde o inicio de sua carreira?

Essa pergunta pode ser respondida durante a Copa que pela primeira vez foi realizada em dois países (Coréia e Japão) e que ficou marcado pelos horários dos jogos bastante incomuns para nos brasileiros, que em sua maioria eram realizados de madrugada, por conta do fuso horário dos dois paises que é de 12 horas. 

O Brasil teve dois jogos que aconteceram ás 3h30 da madrugada (horário de Brasilia) contra a Costa Rica e Inglaterra. Esse último jogo que ficou marcado pelo golaço de falta feito pelo Ronaldinho Gaúcho.

O time de Luiz Felipe Scolari, que naquela copa era denominada "Familia Scolari" foi vencendo jogo a jogo até chegar a final contra a Alemanha, que assim como o Brasil fez uma eliminatória difícil classificando-se apenas na repescagem.

E em um domingo pela manhã do dia 30/06 pude comemorar um título mundial da seleção com uma vitória inesquecível por 2 a 0 sobre os alemães com dois gols de Ronaldo que deu a volta por cima após sérias lesões que poderiam interromper sua carreira.

Em 2006 a Copa do Mundo foi realizada na Alemanha, e por ser a atual campeã, a seleção brasileira era uma das grandes favoritas, principalmente por contar com o chamado "Quadrado Mágico" formado por Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho, Kaká e Adriano.

Mas na Copa esse quadrado não proporcionou magia alguma, mesmo estando ganhando de seus adversários. Nas quartas, o time comandado por Parreira enfrentou a França, novamente com Zidane e acabou pagando o preço pela apatia em campo ao perder por 1 a 0.

Na Copa do Mundo de 2010 realizada na África do Sul, foi a edição em que eu menos confiei em um título da seleção principalmente pelo fato de termos um técnico inexperiente como o Dunga, porém fomos ganhando os jogos até sermos eliminados pela Holanda por 2 a 1, de virada.

Nesse jogo, além do Dunga, eu culparia também o Felipe Melo (hoje no Palmeiras, que me perdoem os palmeirenses de plantão) por conta do gol contra que deu o empate aos holandeses e pela expulsão após pisão no Robben.

Mais recentemente o Brasil recebeu a Copa em 2014. Muitos se falava que com Felipão o título viria (principalmente após a conquista da Copa das Confederações) e consequentemente espantaria o fantasma de 1950, mas pena que mais uma vez o sonho do hexa ficou pelo caminho.

Mesmo vencendo seus adversários, o Brasil passava sufoco diante de seleções consideradas medianas como o Chile nas oitavas em que o time conseguiu a vaga apenas nos pênaltis. Dava-se pra ver que o Brasil era dependente de um jogador: Neymar, mas é como diz o ditado "Uma andorinha só não faz verão!"

No jogo contra a Colômbia, aconteceu o que não tinha que acontecer, quando Neymar acabou levando uma joelhada nas costas do colombiano e após a partida veio a noticia de que ele estava fora da copa.

Nas semifinais fizeram muito alarde com a hastag #ForçaNeymar e se esqueceram de que o adversário era a Alemanha, que mesmo tendo sofrido em alguns jogos, contra Gana e Argélia era uma equipe bastante qualificada.

Aquele 8 de julho de 2014 foi um dia para o torcedor brasileiro esquecer pois sofremos uma humilhação sem tamanho: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 a 1 para os alemães que depois sairiam do Brasil com o titulo mundial. O gol que o Oscar fez não serviu nem pra premio de consolação.

Confesso que nesse jogo quando o placar já marcava 5 a 0 pra Alemanha me deu vontade de não assistir mais. Ainda fica na minha lembrança aquelas narrações do Galvão Bueno nos gols alemães: "Chegaram de novo! Chegaram de novo!", "Ih! Lá vem mais a bola tocada, virou passeio!", "Lá vem eles de novo, veja só que absurdo!"

Sobre a disputa de terceiro lugar não vou tocar no assunto, até porque mesmo que a equipe tenha que disputar é que nem feriado no domingo, não serve de nada.

Para essa edição tenho a plena confiança de que o Brasil que tem uma equipe qualificada e equilibrada sob o comando do Tite possa conquistar o sexto título mundial. A primeira batalha já vai ser no domingo, diante da Suiça ás 15h.

Vamos que vamos Brasil! Rumo ao hexa!

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